Nas últimas semanas falamos bastante sobre atenção e como podemos treiná-la por meio de jogos e aplicativos. Hoje quero falar sobre memória! Existem três tipos de memória: a memória sensorial, a memória de curto prazo e a memória de longo prazo.
Aplicativos que treinam a atenção
Vamos falar sobre atenção
Hoje gostaria de falar sobre a atenção e as crianças que apresentam alguma dificuldade nesse sentido. Sabiam que há vários tipos de atenção?
• Atenção Concentrada: É a habilidade de responder a estímulos visuais, auditivos ou táteis. A pessoa deve prestar atenção em apenas uma fonte de informação e ignorar os outros estímulos.
• Atenção Dividida: É a habilidade de responder simultaneamente a demandas de múltiplas tarefas. Requer que a atenção seja mantida em mais de uma tarefa ao mesmo tempo, monitorando dois ou mais estímulos.
• Atenção Seletiva: É a habilidade de concentra-se em um estímulo determinado e inibir as respostas aos estímulos distratores ou competitivos
• Atenção Alternada: Este nível de atenção refere-se a capacidade de ter flexibilidade mental que permite aos indivíduos mudar seu foco de atenção e mover-se entre tarefas que tem diferentes requisitos cognitivos, controla-se a informação que será focada seletivamente. Implica na capacidade de mudar os focos de atenção de um estímulo ao outro.
• Atenção Sustentada: É a habilidade de manter uma resposta comportamental consistente durante uma atividade contínua e repetitiva. É a habilidade de manter a atenção e permanecer alerta aos estímulos por períodos prolongados de tempo.
Todos esses tipos de atenção podem ser treinados, mas é importante que se veja primeiro na avaliação neuropsicológica quais níveis atencionais estão alterados. Só então devemos selecionar os exercícios que serão utilizados.
Nesse sentido, diversos jogos e atividades lúdicas podem ajudar as crianças. Vou dar alguns exemplos:
• Jogo Lince: Treina atenção visual e velocidade de processamento
• Jogo Pictureka: Treina atenção visual e velocidade de processamento
• Mosquito: Treina atenção visual, velocidade de processamento, controle de impulso
• Fantasma: Treina atenção visual, velocidade de processamento e controle de impulso
• Wanted Card Game: Treina atenção alternada, velocidade de processamento e controle de impulso
• Halli Galli: Treina atenção visual, velocidade de processamento, controle de impulso, habilidade de reconhecimento de quantidade e aritmética
• Foco, desenvolvido pela neuroaudióloga Ana Maria Alvarez
• O que é diferente?, desenvolvido pela neuroaudióloga Ana Maria Alvarez
• Spot it (em alguns países ele possui nomes diferentes): Jogo que treina atenção visual, varredura visual e rapidez
• Ache a Diferença: jogo dos 7 erros
• Cancelamento: Exercício para estimular varredura visual, atenção visual dividida. Por exemplo: ache os tomates
• Código: Por exemplo; decifrar um código, substituir símbolos por letras. Treina atenção alternada
Quem quiser se aprofundar mais nesse tema dos diferentes tipos de atenção e dos exercícios e teorias para trabalhar essa área pode encontrar mais no livro “Neuropsicologia aplicada ao desenvolvimento humano”, organizado pela Carla Anauate e pela Janna Glozman e que conta com três capítulos escritos por mim. Ele pode ser adquirido aqui.
De onde vem a ansiedade? Os cientistas acharam
Monitorando a atividade cerebral de camundongos, os pesquisadores foram capazes de observar quais áreas do cérebro se ativavam quando os bichinhos eram submetidos a situações de estresse. No caso, eram os neurônios localizados no hipocampo, estrutura do cérebro responsável pela formação e armazenamento de memórias. Os pesquisadores também observaram que esses “neurônios da ansiedade” se ligavam ao hipotálamo, a área cerebral que pode desengatilhar o comportamento de fuga nos animais. Ou seja… Eles meio que conseguiram observar em tamanho celular o que nós já sabemos que acontece no processo luta/fuga.
Crianças podem ter depressão
No último post tocamos superficialmente no tema da depressão em crianças. Hoje quero esmiuçar um pouco mais essa questão. Quando se fala no assunto a primeira pergunta que as pessoas fazem é: mas depressão não é “coisa” de adultos e adolescentes? Não é. A depressão é uma doença que tem causas genéticas, sociais e psicológicas e atinge quase 300 milhões de pessoas em todo o mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Portanto não depende de idade, classe econômica ou questão cultural. É uma doença extremamente “democrática”, por assim dizer.
Quatro etapas para lidar bem com os sentimentos
Estou de volta para falar sobre um tema que nem sempre recebe a atenção necessária: como as crianças lidam com as emoções. Há alguns dias fiquei sabendo que o programa de novembro do Ciência Aberta – uma parceria da FAPESP com a Folha de São Paulo – foi sobre a depressão em jovens e adolescentes. O encontro teve a participação de diversos pesquisadores ligados à saúde mental, mas me chamou a atenção especialmente uma fala da Adriana Fóz, pesquisadora do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas da Unifesp.
Avaliação e intervenção precoce
Consequências psicológicas do TDA(H)
Já falamos sobre os sintomas, as causas e as consequências do transtorno de déficit de atenção (TDA), sem ou com hiperatividade (TDAH), mas há uma parte importantíssima sobre esse tema que gostaria de tratar aqui hoje: como se sentem e pelo que passam as pessoas que sofrem com essa dificuldade, sobretudo antes de terem o diagnóstico e começarem o tratamento.
Nem sempre é transtorno de déficit de atenção
Agitação, problemas para dormir, dificuldade de concentração, desempenho ruim na escola, memória que parece não funcionar, irritação, comportamento inadequado, impulsividade, desorganização… Ufa! Estes são apenas alguns dos sintomas associados ao transtorno de déficit de atenção (TDA), sem ou com hiperatividade (TDAH), uma das principais razões para o encaminhamento aos consultórios e profissionais das mais diversas áreas!
Sobre Insegurança, rotina e TOC
O texto de hoje é um pouquinho diferente. Ele é ficcional, mas retrata uma situação semelhante a algumas outras que vivenciei no consultório, jogando luz sobre um tema que vira e mexe está presente nos meus textos e no meu trabalho: abordagem integrada para o tratamento de dificuldades aparentemente específicas, mas que na verdade estão inseridas em um contexto maior. O que vou contar aqui já aconteceu de maneira parecida no meu consultório algumas vezes. Porém, para garantir a privacidade de quem eu já atendi, estou criando um paciente fictício e colocando nele e na mãe um pouco de histórias semelhantes que chegaram para mim e que tiveram intervenções similares às que retrato abaixo. A privacidade de todos – como tem que ser – está muitíssimo bem protegida. Espero que gostem!