vivência e desenvolvimento

Grupos formados por pacientes da mesma faixa etária, através de atividades especialmente desenhadas, baseadas no protocolo do Luria, trabalham de forma divertida aspectos sociais, comunicação e cognitivos.


O que é o vivência e desenvolvimento

A ideia para a criação do ‘Vivência e Desenvolvimento’ vem do contato com os tratamentos e técnicas aplicados em centros terapêuticos e clínicas de diversos locais do mundo, como Estados Unidos, Portugal e Rússia. Nessas visitas, além de aprender mais sobre cada tipo de trabalho e necessidades de cada tipo de paciente, ficou muito claro o quão benéficos eram os tratamentos feitos em grupo.

Assim, unindo essas ideias, conceitos e nossa visão e experiência, elaboramos uma abordagem que fosse capaz de integrar as nossas especialidades e tratamentos com os benefícios da dinâmica de um trabalho em grupo.


como funciona o grupo vivência e desenvolvimento

Hoje trabalhamos da seguinte maneira: a partir das inscrições de crianças entre 3 e 13 anos, formamos grupos de até seis participantes com idades próximas e objetivos semelhantes de tratamento. Os grupos, então, realizam atividades com profissionais da nossa clínica em sessões de uma hora que ocorrem aos sábados, normalmente a cada quinze dias.

As atividades são feitas na clínica ou em locais próximos, como uma livraria, um shopping ou um parque. Sempre, é claro, pensando no benefício do paciente e nos objetivos do tratamento. Os trabalhos se dividem em três partes:

I - Comunicação

Fazemos uma roda com as crianças e treinamos a linguagem expressiva e receptiva. Por exemplo: quando um colega fala, essa criança consegue prestar atenção? Ela está se concentrando no que o outro está dizendo? Consegue segurar o impulso de falar para então ouvir?  E quando fala… Ela consegue se comunicar? Se comunica com clareza? Fica com vergonha? E por aí vamos.

II - Aplicação do protocolo Luria de habilitação neuropsicológica

Por meio do uso de aparelhos da clínica e exercícios específicos, conseguimos treinar e estimular o sistema vestibular, responsável pelo nosso equilíbrio e noção de movimento, a percepção sensorial, a noção do próprio corpo, a concentração e auto-controle, a coordenação motora, a atenção dividida, a atenção sustentada entre outras funções cognitivas relacionadas aos objetivos do tratamento. Ao mesmo tempo, por serem feitas em grupo, as atividades incentivam a colaboração e a interação com outras crianças, além de permitirem a observação de traços de timidez acima do normal, medo de exposição, etc.

III – Treinamento cognitivo

Por meio de jogos e atividades lúdicas é possível treinar o raciocínio, a memória, a atenção em grupo, o espírito de equipe, a competitividade, o saber perder, o saber ganhar, entre outras habilidades sociais e cognitivas. Sem falar, é claro, que as crianças se divertem muito. 😉

Importante

Qualquer criança dentro da faixa etária alvo (3 a 13 anos) pode participar dos grupos! Não é preciso ser portador de deficiência ou ter dificuldades idênticas às dos demais participantes. O trabalho é para todos! Irmãos, primos, amigos de pacientes são sempre bem-vindos.

Não se trata de uma terapia em grupo ou puramente um treinamento de habilidade social, mas sim de um trabalho de habilitação neuropsicológica que se beneficia de aspectos coletivos inerentes à formação de um grupo de pessoas.