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Vivência e Desenvolvimento

Estamos de volta! Hoje pra falar do ‘Vivência e Desenvolvimento’. Como eu já citei aqui no blog, trata-se do nosso trabalho de habilitação neuropsicológica feito com grupos de crianças. Neste sábado iniciaremos as atividades do semestre, então acho que essa é uma excelente oportunidade para explicar um pouco mais sobre esse trabalho.

A ideia para a criação do ‘Vivência e Desenvolvimento’ vem do meu contato com os tratamentos e técnicas aplicados em centros terapêuticos e clínicas de diversos locais do mundo, como Estados Unidos, Portugal e Rússia. Nessas visitas, além de aprender mais sobre cada tipo de trabalho e necessidades de cada tipo de paciente, ficou muito claro para mim o quão benéficos eram os tratamentos feitos em grupo. Assim, unindo essas ideias, conceitos e a minha própria visão e experiência, elaborei junto com a Teresa – nossa fonoaudióloga – uma abordagem que fosse capaz de integrar as nossas especialidades e tratamentos com os benefícios da dinâmica de um trabalho em grupo.

Hoje trabalhamos da seguinte maneira: a partir das inscrições de crianças entre 3 e 13 anos formamos grupos de até seis participantes com idades próximas e objetivos semelhantes de tratamento. Os grupos então realizam atividades com profissionais da nossa clínica (hoje eu e a Teresa cuidamos do ‘Vivência e Desenvolvimento’) em sessões de uma hora que ocorrem aos sábados, normalmente a cada quinze dias.

As atividades são feitas na clínica ou em locais próximos, como uma livraria, um shopping ou um parque. Sempre, é claro, pensando no benefício do paciente e nos objetivos do tratamento. Os trabalhos se dividem em três partes:

I – Comunicação 
Fazemos uma roda com as crianças e treinamos a linguagem expressiva e receptiva. Por exemplo: quando um colega fala, essa criança consegue prestar atenção? Ela está se concentrando no que o outro está dizendo? Consegue segurar o impulso de falar para então ouvir?  E quando fala… Ela consegue se comunicar? Fala claramente as palavras? Fica com vergonha? E por aí vamos.

II – Aplicação do protocolo Luria de habilitação neuropsicológica
Por meio do uso de aparelhos da clínica e exercícios específicos, conseguimos treinar e estimular o sistema vestibular, responsável pelo nosso equilíbrio e noção de movimento, a percepção sensorial, a noção do próprio corpo, a concentração e auto-controle, a coordenação motora, a atenção dividida, a atenção sustentada entre outras funções cognitivas relacionadas aos objetivos do tratamento. Ao mesmo tempo, por serem feitas em grupo, as atividades incentivam a colaboração e a interação com outras crianças, além de permitirem a observação de traços de timidez acima do normal, medo de exposição, etc.

III – Treinamento cognitivo
Por meio de jogos e atividades lúdicas é possível treinar o raciocínio, a memória, a atenção em grupo, o espírito de equipe, a competitividade, o saber perder, o saber ganhar, entre outras habilidades sociais e cognitivas. Sem falar, é claro, que as crianças se divertem muito. 😉

É importante ressaltar que qualquer criança dentro da faixa etária alvo (3 a 13 anos) pode participar dos grupos! Não é preciso ser portador de deficiência ou ter dificuldades idênticas às dos demais participantes. O trabalho é para todos!

Vale ainda lembrar que não se trata de uma terapia em grupo ou puramente um treinamento de habilidade social, mas sim de um trabalho de habilitação neuropsicológica que se beneficia de aspectos coletivos inerentes à formação de um grupo de pessoas.

É isso. Espero que tenham gostado e qualquer dúvida é só perguntar! Vou deixar aqui embaixo algumas informações rápidas para quem se interessou:

Vivência e Desenvolvimento
Onde: No Grupo Can (Rua Enxovia, 472 – São Paulo) e em locais próximos à clínica
Quando: Neste semestre serão seis  sábados, sendo possível participar de apenas um encontro ou de todos eles. As datas são: 01/09; 22/09; 06/10; 20/10; 10/11 e 01/12. 
Horário: Manhã e/ou início da tarde
Mais informações: juliana@grupocan.com.br ou (11) 5184-1019