A importância de acompanhar o desenvolvimento cognitivo de bebês e crianças pequenas
Pode parecer surpreendente, mas você sabia que é possível avaliar de forma objetiva o desenvolvimento cognitivo de bebês? Pois é! Hoje os profissionais especializados já conseguem mensurar, acompanhar e, se necessário, intervir em crianças a partir dos quatro meses de idade!
Como? Por meio da aplicação da escala Bayley de desenvolvimento! Esse é um método que só recentemente foi validado e normatizado no Brasil, mas que já é muito difundido em outros países. Pessoalmente, tenho tido ótimas experiências com a utilização dele e um feedback importante dos pais e profissionais de saúde!
O método de aplicação da escala Bayley consiste em uma série de testes, atividades e questionários que visam a medir em que estágio as crianças entre quatro meses e 4 anos de idade se encontram em seus desenvolvimentos cognitivo, motor, de linguagem e social/comportamento adaptativo. Por exemplo: o bebê segue com os olhos uma pessoa em movimento? Observa a introdução de um novo elemento no campo visual? Consegue segurar um objeto? Consegue levar à boca o objeto? Mais pra frente… Consegue imitar sons? Entende quando há uma brincadeira? Se mostra interessado no ambiente? E a criança? Ela é capaz de receber instruções e executar uma tarefa? Consegue imaginar a história contada a ela? É capaz de responder perguntas sobre o que acabou de ouvir? E por aí vamos…
A partir dessa primeira observação é possível apontar se alguma função não está de acordo com o esperado para aquela idade e se é necessário ou não um tratamento clínico, psicológico, de habilitação neuropsicológica, etc. A grande vantagem de ter essa observação em bebês e crianças tão pequenas é justamente possibilitar que uma eventual intervenção seja feita de forma precoce, aumentando a chance de sucesso dos tratamentos e minimizando possíveis prejuízos sociais e pedagógicos no futuro. É sempre importante lembrar que nessa fase inicial de desenvolvimento qualquer atraso ou dificuldade mais importante impacta no aprendizado seguinte e na expectativa seguinte, ou seja, algo simples pode se tornar complicado se não for observado e corrigido logo.
Vale ainda ressaltar que essa análise não é destinada apenas para pacientes com algum transtorno ou má-formação e sim para qualquer bebê e criança. Trata-se justamente de uma avaliação que aí sim pode apontar alguma dificuldade ou problema. Inclusive, penso que testes como esse da escala Bayley deveriam até ser obrigatórios, como são por exemplo o teste do pezinho e as primeiras vacinas! Afinal, por meio deles muitos diagnósticos poderiam ser feitos de forma mais rápida, permitindo, como já dito, intervenção precoce e maximização das chances de sucesso em tratamentos.
Gostaram? Ficaram com dúvidas? Mandem pra mim! 😉